terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sem falar de nada, falei de tudo!

Comecei o dia decidida a escrever algo.
Sabe aqueles momentos em que vc sente que tem mto a falar? Acordei assim hoje.


Mas a questão é: Falar sobre o que???????

Primeiro pensei em escrever sobre uma questão que me revoltou recentemente. A 'Nossa TV', do R.R. Soares. O cara vende TV a cabo durante os cultos! Sim, ele tem uma operadora de TV paga a faz as propagandas durantes os cultos. O cara já não paga imposto referente ao culto religioso que move milhares de pessoas de boa fé necessitadas de uma base, de um apoio. Ele recolhe ofertas pelas quais não paga imposto, as usa como bem entender sem dar satisfações a ninguém. Tem uma operadora de turismo e uma de TV, que segundo ele ambas tem 'pacotes específicos para a família evangélica'. Mas desisti de escrever sobre isso, mesmo sendo um assunto que me revolta, afinal explorar a boa vontade de pessoas que depositam sua fé e dinheiro nas mãos de homens inescrupulosos que tem em mente apenas o lucro e o benefício próprio me causa náuseas.

Pensei então em falar sobre a novela as 21h da Globo, Viver a Vida. Falar sobre o mau gosto, o preconceito, os maus exemplos e todas as séries de porcarias que o Manoel Carlos tem colocado no ar em horário nobre. Falar sobre a hipocrisia de uma mãe cega, que culpa a atual mulher do pai de sua filha por uma fatalidade do destino, ou ela acha que a tal Helena passou noites em claro rezando para que a porcaria do ônibus capotasse?!?!? Com uma filha super, mega, master, blaster mimada, que não respeita ninguém, que nem ao menos soube reconhecer o esforço da madrasta para faze-la participar de um desfile de grande porte e age pura e simplesmente por impulsos e acha que o problema é do resto do mundo que tem a obrigação de adora-la e atender a todo e qualquer capricho seu, a mãe ainda a trata como se ela não fosse culpada de nada, mas já a madrasta sim, essa deve ser culpada até do aquecimento global que prejudica a pele da cretiníssima Luciana. Mas ao parar pra pensar na novela lembrei que a Denise, do Síndrome de Estocolmo, escreveu muitíssimo bem sobre o assunto (Helena vai pro tronco porque não cuidou da sinhazinha), então prefiro recomendar que leiam o post dela, que está super completo e eu concordo com cada linha!

Então, ainda enveredando na trama de péssimo gosto do Manoel Carlos, pensei em escrever sobre aborto, que na novela vem sendo tratado de uma forma que EU considero absurdo e desrespeitosa. Certo que no Brasil o aborto é crime, pera a mulher e para os médicos. A Helena é tratada como pária por ter optado por não colocar no mundo uma criança que ela não poderia, emocional e financeiramente, criar, uma criança que, caso viesse a nascer carregaria em seus pequenos ombros o peso de ter colocado a carreira da mãe no fim, carregaria um peso que criança nenhuma deve carregar. Acredito que a decisão é da mulher, só dela, só nossa! Fácil para o autor criticar essa atitude, uma vez que ele jamais saberia o peso que é uma gravidez que, além de não planejada é indesejada. Posso não planejar engravidar agora, mas desejo engravidar, o que faria desta criança um ser amado e desejado antes mesmo de sua concepção, mas uma criança que além de não planejada é indesejada é sofrimento demasiado. A decisão deveria ser nossa, mas os engravatados, moralistas que dispõe de clinicas particulares para dar fim aos 'problemas' de suas filhas com futuro promissor e não imaginam como milhares de mulheres no Brasil sofrem ao cair nas mãos de carniceiros enganadores todos os dias, (Anualmente, 42 milhões de mulheres fazem um aborto. A cada 7 minutos morre uma mulher desnecessariamente devido a um aborto clandestino.) são esses caras e suas instituições religiosas que decidem por nós. Mas decidi não entrar em questões tão polêmicas como o aborto.
Pra não deixar de falar, e não ficar com a vontade de escrever corroendo meu cérebro, vim aqui comentar com vcs minhas ideias, compartilhar minhas intenções de post's. Mas quando parei pra ler vi que, ao não falar sobre nada falei sobre tudo, um pouquinho que seja... Ai ai... sou um pouco matraca, né?

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