quinta-feira, 22 de outubro de 2009

To many words....



Como sou (quase) professora de línguas(português e inglês, e digo quase não pq ainda não tenho o diploma em mão, pq mesmo sem este é possível lecionar, uma vez matriculado no curso, sem referencias ou qualificações, o Estado de São Paulo acredita que você tenha total capacidade de ensinar ao tão simples e sem detalhes complexos como QUALQUER MATÉRIA. Justiça seja feita, somente como eventual, que atua quando o professor efetivo da matéria falta ao trabalho, o que convenhamos, nunca acontece – após escrever essas ultimas palavras sou acometida por um acesso de tosse e meu nariz está no maior estilo Pinóquio....rsrsrs. Bom, voltando ao assunto, mesmo sendo considerada qualificada por ter minha matrícula efetivada no 5° semestre de qualquer curso de licenciatura, que no meu caso é Letras, acredito que o julgamento desse pessoal não está mto correto, me sinto bastante insegura em ensinar algo tão importante como a nossa Língua Portuguesa aos pequenos pensantes que povoam a maioria das salas de aula.
Adoro conhecer novas experiencias sobre o aprendizado de línguas, novos métodos de ensino/aprendizagem de línguas não nativas (digamos que prefiro estudar, ler, aprender e ensinar inglês, e os “patriotas” de plantão vão a PQP, por gentileza?). E uma coisa que me fascina ainda mais é o caso de crianças que nascem em 'famílias bilingues' onde um ou os dois progenitores do rebento não reside no país de origem. Sou avida leitora de blogs, e acompanho dois que relatam esse tipo de situação, o primeiro que conheci foi o blog da Luciana, o Colagem (ela brasileira, casada com um americano e morando nos EUA com uma filha de, atualmente, 2 anos) e recentemente parei no blog da Flávia, o Cronicas do Iglu (ela brasileira, o marido proveniente do leste-europeu e vivem no Canadá com um filho de, atualmente, 3 anos). As duas famílias, aparentemente tem maneias diferentes de ensinar as crianças a falar a língua que não é a predominante no país em que vivem. Eu cresci nos RS, e lá pude conviver com famílias que não tinham o português como idioma principal dentro de casa, acredito que o idioma que mais ouvi era o Alemão... em ambos os blogs li relatos mto interessantes sobre as diferenças culturais presentes no dia a dia delas, coisas que são interessentes e nos fazem amar o Brasil ainda mais, afinal cada vez tenho mais certeza que o brasileiro deveria ficar uns bons anos nas gélidas terras do “primeiro mundo” para valorizar as peculiaridades que nos fazem tupiniquins, e fariam qualquer habitante nativo do primeiro mundo AMAR as politicas adotadas por nosso governo em relação aos cuidados básicos com a população.
Mas voltando ao assunto da linguagem, pq as comparações sociais ficarão para um próximo post, achei mto interessante uma observação(constatação, talvez) feita no blog ta Flávia, do Iglu, em outubro de 2006: “O Pacotinho de Globalização até agora só fala bebezês (de manhã cedo fala sem parar), mas o Iglu é trilíngüe. O Pai Gringo (que não tem este codinome só por charme, é gringo mesmo) fala com o filhote em sua língua que só tem consoantes, como todas as do Leste Europeu. Falamos um com o outro em inglês e Mamãe, obviamente, fala em português com o neném.”. E para ilustrar pq me fascinam as línguas estrangeiras e principalmente, o estudo/aprendizado delas:
“Os diálogos do Iglu Globalizado:

- Filhinho, fica aqui no balanço só um pouquinho para a Mamãe tomar água. Só um pouquinho, viu ?
- Why are you calling my son a little piglet ? (por que você está chamando meu filho de porquinho ?)
- "Pouquinho", not "porquinho".

- Gracinha, você é uma gracinha.
- What does "gracinha" mean ? (o que significa "gracinha" ?)
- Cute, it means cute.
- So, he's "gracinho". Stop calling him "gracinha". (então ele é um gracinho. Pare de chamá-lo de "gracinha").

Quando o Pacotinho de Cheirinho de Neném acaba de tomar banho e todos os seus cinco fios restantes de cabelo estão de pé, Mamãe sempre diz:
- Cebolinha ! Cabelo de Cebolinha !
Aí outro dia o Pai vira para ele:
- Cebolinho, let's comb your hair (Cebolinho, vamos pentear seu cabelo).

Quando o Pacotinho de Globalização começar a falar, imagino o que vai sair... “



Exemplo 2 “O Amigo Gringo acabou de chegar do Brasil, onde foi passar o Reveillon. Voltou deslumbrado com a descoberta de que, em algum lugar do mundo, as pessoas ficam ao ar livre à meia-noite, em pleno mês de dezembro.

Aí a Mãe Brazuca vira-se para o filho e diz: "Filhote, vamos tirar os sapatos?"

E o Amigo Gringo, triunfante com seus conhecimentos de português declara: "eu sabia que já tinha ouvido isso em algum lugar! Você chama seu filho de macaco."

- O quê?
- No Rio, eu subi uma trilha na floresta e havia um monte de macaquinhos.
- ???
- Os brasileiros que estavam com a gente começaram a gritar: "Tem filhote! Olha o filhote!" Eu sabia que já tinha ouvido isso, mas não lembrava onde. Agora lembrei. Vocês dois chamam o menino de Filhote. Tão curioso chamar o filho de macaco! “

bjokasssssssssss, ou melhor KISSES !!!!!

Um comentário:

  1. uauuu...vou começar a aprender japonês, p/ meu filhote falar c/ o seu (q falará italiano)..kkk..imagina o "angu"!
    Arigatô, branquelinho!
    Madonna mia, cabeçudinho!

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