quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mãe não é igual amiga

Li na internet a notícia de uma Britânica de 14 anos que fugiu com namorado da Internet. A maioria das pessoas que estão a minha volta sabem que conheci meu marido pela internet, para ser mais exata, em uma sala de bate-papo. Fiquei mais de um ano conversando pelo msn e telefone, até finalmente nos conhecermos, e mesmo já falando com ele a bastante tempo, e confiando que o que ele dizia era verdade, minha mãe me acompanhou em nosso primeiro encontro. Confesso que na ocasião fiquei um tanto quanto constrangida com o excesso de zelo( como eu dizia na época) de minha mãe, mas não posso negar que ela estava correta, eu já tinha 19 anos, não era mais um bebê, o encontro foi marcado no metro Sé, que é muitíssimo movimentado, e mesmo com essas precauções ela estava lá, comigo. Ela sempre soube ( pelo menos a partir do momento que o nosso 'relacionamento' ficou sério) que eu falava com ele. Sempre tive abertura par conversar com minha mãe sobre qualquer coisa, e na minha singela opinião, foi isso que faltou para essas famílias. Quando realmente existe diálogo com os pais isso não acontece, pelo menos é bem mais difícil. Não acho, de maneira alguma que os pais devam ser amigos dos filhos, eles precisam ser amigáveis, me entendam, deve-se manter o respeito e a autoridade sempre, não podemos deixar que adolescentes vejam seus pais como vêem os amigos, não deve haver uma barreira, e sim uma diferença de tratamentos, hoje, mais velha, tenho a cada dia que passa me tornado amiga de minha mãe, mas isso é um processo que se iniciou a partir de seu jeito amigável, durante toda minha infância e adolescência foi assim, sempre soube que poderia contar com ela, mas tbm sabia que ela era minha mãe, e estava lá para impor regras e limites, para dizer não e me mostrar o certo e errado. Espero que, quando chegar minha vez de criar meus rebentos, saiba ser como ela foi, uma mãe amigável, e não uma amiga que assina como minha mãe.

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